O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil. O seu tipo mais frequente é o câncer de pele não melanoma, que apesar da baixa letalidade, possui uma incidência muito alta. A exposição excessiva à radiação solar é a principal causa dos cânceres de pele não melanoma, como o Carcinoma Basocelular e o Carcinoma Espinocelular, e a cada ano o Instituto Nacional do Câncer, INCA, registra cerca de 180 mil casos novos desta doença.
O sol e o câncer de pele
O sol emite radiações que, ao atingirem a nossa pele, provocam reações agudas como queimaduras, fotoalergias, e reações crônicas devido ao seu efeito cumulativo na pele, como o envelhecimento cutâneo, e mutações celulares que predispõem ao câncer de pele.
Tipos de radiações
As radiações ultravioletas que atingem a Terra se dividem em UVA e UVB, já que os raios UVC são bloqueados pela camada de Ozônio.
A radiação UVA, quando em contato com a pele, suprime o sistema imunológico e é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento e está presente nas câmaras de bronzeamento artificial em doses bem mais altas do que na radiação proveniente do sol. As radiações UVB, constituem 90% das radiações emitidas pelo sol e são responsáveis pela queimadura solar e os principais responsáveis pelas alterações que levam ao câncer de pele dos tipos carcinomas basocelular e espinocelular.
A História das câmaras de bronzeamento artificial
As câmaras de bronzeamento artificial surgiram na década de 70, em países mais frios como Estados Unidos e em alguns países da Europa. No Brasil, foi introduzida em 1995 e logo teve seu alerta contra os riscos de câncer de pele e proibição desse tipo de prática. Uma câmara de bronzeamento artificial emite cerca de 95% de raios ultravioleta do tipo UVA e cerca de 5% dos raios do tipo UVB. Atualmente, os estabelecimentos que oferecem bronzeamento artificial com objetivo estético funciona de forma ilegal.
Proibição com finalidade estética
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, publicou uma resolução em dezembro de 2009 (RDC 56/09) proibindo a prática de bronzeamento artificial por motivos estéticos no Brasil, e a referida medida foi motivada pelo surgimento de indícios de agravos à saúde relacionados com o uso das câmaras de bronzeamento. A prática do bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer de pele, além de acelerar o envelhecimento precoce e proporcionar outras dermatoses. O Brasil foi o primeiro país a adotar tal medida, e as câmaras de bronzeamento artificial foram consideradas pela Organização Mundial de Saúde, OMS, no mesmo patamar cancerígeno do cigarro e do sol. Outros países com incidência elevada de câncer de pele, como Estados Unidos e Austrália, também vêm adotando medidas que dificultem essa prática.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia também compartilha dos mesmos ideais da ANVISA em relação ao bronzeamento artificial com fins estéticos e contraindica tal prática.
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