O melasma é uma desordem pigmentar que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comuns na face, podendo ocorrer também no colo, pescoço e braços. Afeta homens e, mais comumente, mulheres, e está relacionado principalmente a fatores como a exposição à luz ultravioleta e à luz visível, condições hormonais, uso de anticoncepcionais femininos, gravidez e predisposição genética.
O tratamento tem como elemento principal a fotoproteção, que é imprescindível e varia entre o uso de lasers, peelings e diversas substâncias despigmentantes — dentre estas, a principal até o momento é a hidroquinona. Porém, nos últimos congressos internacionais de dermatologia tem se falado muito em uma nova substância despigmentante descoberta pela ciência e lançada no mercado: a cisteamina.
A cisteamina é um antioxidante biológico (produzido pelo próprio corpo humano), produto do metabolismo da l-cisteína. Seu mecanismo envolve a inibição da tirosinase e da peroxidase, duas enzimas envolvidas na síntese de melanina. Assim, age na inibição da produção de melanina e causa despigmentação local. Essa substância já é utilizada há alguns anos para tratamento de doenças como a cistinose, doença genética causada pelo acúmulo do aminoácido cistina no organismo.
Sua capacidade despigmentante foi descoberta no ano de 1960, quando um grupo de pesquisadores, ao injetar a cisteamina na pele negra de peixe dourado, notou que esta tornava-se branca. Porém, a molécula pura da cisteamina, em contato com o ar, oxida rapidamente e perde suas propriedades, adquirindo, além de uma coloração avermelhada, um odor desagradável. Desta forma, o produto ainda não poderia ser utilizado para fins de tratamento cosmético.
Cerca de cinco décadas após essa descoberta, a Scientis Pharma (empresa com sede em Genebra, na Suíça) desenvolveu uma tecnologia que estabilizou a molécula de cisteamina e reduziu seu odor, criando o primeiro e único creme despigmentante contendo tal antioxidante: o Cysteamine.
Alguns estudos realizados mostraram efeito despigmentante superior à hidroquinona 4% no tratamento do melasma. Os primeiros efeitos já podem ser notados após 4 semanas de uso diário, tendo um efeito mais potente após 16 semanas: redução de cerca de 77% da pigmentação do melasma. Após atingir o efeito despigmentante desejado, é necessária uma manutenção do tratamento por cerca de duas vezes por semana. O produto ainda não está à venda no Brasil, porém algumas farmácias de manipulação já estão usando o ativo em fórmulas.
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